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O Museu das Civilizações

Dois magníficos edifícios do século XV abrigam este tesouro arqueológico, proporcionando aos visitantes uma extraordinária viagem temporal desde o Paleolítico até a Idade do Bronze. A relevância desta instituição ganha ainda mais profundidade quando consideramos sua proximidade geográfica com Göbekli Tepe, estrutura monumental que remonta a mais de 11.000 anos de história - o mais antigo conjunto arquitetônico já descoberto pela arqueologia mundial.


O museu transcende seu papel de mero guardião de relíquias. Suas galerias cuidadosamente organizadas narram a saga evolutiva da humanidade na península anatólica, convidando os visitantes a uma jornada reveladora. Cada peça exposta conta uma história singular, um fragmento precioso do quebra-cabeça que compõe nossa própria trajetória como civilização.

 

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História fascinante do Museu das Civilizações da Anatólia


A narrativa histórica do Museu das Civilizações da Anatólia remonta a épocas muito anteriores à sua concepção museológica. Sua existência física habita construções centenárias dotadas de seu próprio enredo ancestral, culminando na criação de um dos mais notáveis centros de salvaguarda cultural da Turquia.


De mercado otomano a tesouro nacional


Os edifícios que hoje abrigam este santuário arqueológico respondiam originalmente pelos nomes de Bedesten e Kursunlu han, erigidos aproximadamente em 1455. Estas imponentes estruturas surgiram sob o reinado do Sultão Mehmet II, por ordem de Mahmut Pasha, então Grand Vizir do vasto Império Otomano.


Tais construções desempenhavam funções vitais na sociedade da época: serviam simultaneamente como hospedaria para viajantes exaustos, oficina para reparos em ferraduras equinas e centro comercial pulsante - essencialmente um mercado otomano e pousada de caravanas. Por centenas de anos, este complexo arquitetônico manteve-se como artéria comercial vibrante na região de Atpazarı, nas proximidades do majestoso Castelo de Ankara.


A metamorfose destas edificações históricas em espaço cultural iniciou-se quando o então designado Museu Hitita estabeleceu-se na Pacha Mahmut Bedesten em 1940. Contudo, extensos trabalhos de restauração antecederam sua transformação no tesouro museológico que hoje maravilha visitantes do mundo inteiro.


A visão de Atatürk para preservar o patrimônio turco


Mustafá Kemal Atatürk, figura primordial na fundação da república turca, exerceu papel decisivo na concepção deste extraordinário repositório cultural. A aquisição dos edifícios ocorreu precisamente para materializar seu desejo de estabelecer um museu dedicado à civilização hitita. Atatürk pessoalmente sugeriu a restauração do local para abrigar o museu que, inaugurado em 1921, funcionava anteriormente em instalações distintas.


Seguindo recomendação de Hamit Zübeyir Koşay, ministro da Cultura à época, ao ministro da Educação Nacional, Saffet Arıkan, procedeu-se à compra das edificações históricas, concretizando assim a visão visionária de Atatürk. Os trabalhos de restauração iniciaram-se em 1938, possibilitando a inauguração parcial do museu em 1943.


O processo integral de restauração, no entanto, estendeu-se consideravelmente, permitindo a abertura completa do museu apenas em 1968. Este prolongado período de transformação evidencia o esmero e a dedicação investidos na preservação tanto das estruturas históricas quanto do precioso legado cultural que estas viriam a resguardar.


Reconhecimento internacional como Museu do Ano em 1997


O meticuloso trabalho de preservação e exibição das preciosidades arqueológicas anatólicas conferiu ao museu reconhecimento em escala global. Em 19 de abril de 1997, o Museu das Civilizações da Anatólia recebeu a distinção de primeiro "Museu Europeu do Ano" em cerimônia realizada na Suíça, honraria atribuída pela UNESCO.


Tal premiação ratificou a relevância da instituição como guardiã de tesouros culturais de valor inestimável. Sua coleção deslumbrante contempla artefatos de povos hititas, frígios, urartus, persas, gregos e romanos, representando milênios de desenvolvimento humano.


O museu consolidou-se, ademais, como um dos principais centros de investigação arqueológica da Turquia, exibindo peças e joalheria de extraordinário valor histórico provenientes das civilizações hititas e assírias. Este reconhecimento em âmbito internacional firmou definitivamente sua posição entre os mais significativos museus arqueológicos do planeta.
 

Tesouros imperdíveis que vão te surpreender


As galerias do Museu das Civilizações da Anatólia guardam relíquias que narram histórias extraordinárias de povos que floresceram milênios atrás. Cada objeto exposto funciona como um portal temporal, oferecendo aos visitantes uma ligação preciosa com as raízes de nossa própria história.


Estatuetas da Deusa Mãe: símbolos de fertilidade milenar


As notáveis estatuetas da Deusa Mãe de Çatalhöyük constituem vestígios arqueológicos que testemunham um dos primeiros agrupamentos humanos documentados. Esculpidas meticulosamente em diversos materiais—mármore, calcário, xisto, calcita, basalto, alabastro e argila—estas representações femininas manifestam possivelmente uma entidade divina feminina. O exemplar mais célebre retrata a deusa entronizada, flanqueada por duas leoas, evidenciando seu poder sobre as forças naturais. Descoberta em um depósito destinado ao armazenamento de grãos, especula-se que tal peça pudesse ter sido estrategicamente posicionada para assegurar colheitas abundantes e salvaguardar as reservas alimentares da comunidade.


Tabuletas de argila: os primeiros contratos de casamento da história


As tabuletas de argila preservadas no museu compreendem alguns dos mais antigos contratos matrimoniais já registrados pela humanidade.

 

O documento mais remoto desta natureza remonta a 2.350 a.C., proveniente da civilização suméria. Nestas placas de argila, revelam-se pormenores fascinantes sobre os acordos nupciais da época: o pretendente sumério apresentava sua proposta ao pai da noiva, frequentemente oferecendo bovinos, ovinos ou cereais como pagamento. Tais contratos incluíam também cláusulas específicas, como a possibilidade de devolução da esposa caso esta se mostrasse infértil.


O impressionante Vaso Inandik do século XVII a.C.


No epicentro da coleção museológica encontra-se o extraordinário Vaso Inandik, artefato cerâmico datado do século XVII a.C., utilizado em cerimônias matrimoniais. Esta obra-prima arqueológica, com seus detalhes minuciosamente elaborados, proporciona um vislumbre dos rituais nupciais praticados há quase 4.000 anos.


Esculturas hititas que desafiam o tempo


As magníficas esculturas hititas e relevos ortóstatos figuram entre as peças mais deslumbrantes do acervo. Logo ao adentrarem o espaço museológico, os visitantes são recepcionados por estátuas majestosas, algumas decapitadas pelo tempo, observadoras silentes de um império que dominou a península anatólica há mais de 30 séculos. Estas obras escultóricas, lavradas em pedra e basalto, evidenciam a extraordinária maestria artística alcançada por aquela civilização.
 

Viagem no tempo: períodos históricos representados


Uma extraordinária incursão através das eras aguarda os visitantes no Museu das Civilizações da Anatólia, onde cada ambiente revela fases distintas da trajetória humana. O acervo dispõe-se em sequência cronológica, proporcionando aos observadores uma compreensão cristalina sobre o desenvolvimento das sociedades ao longo dos milênios.


Paleolítico e Neolítico: os primórdios da humanidade


Durante o Período Paleolítico (100.000 a 10.000 a.C.), os habitantes primevos da Anatólia subsistiam fundamentalmente através da caça. Os instrumentos expostos no museu ilustram como estes ancestrais adaptaram-se às condições austeras de existência, utilizando utensílios líticos confeccionados em sílex, quartzo e radiolarita.


O advento do Neolítico (10.000 a 5.500 a.C.) trouxe consigo uma metamorfose essencial: a transição do nomadismo para o sedentarismo. As habitações deste período caracterizavam-se pela ausência de portas e janelas, enquanto a esfera religiosa ganhava proeminência através do culto à deusa Cibele (anteriormente denominada Tibele), personificação da fertilidade. O museu apresenta murais de Çatalhöyük, considerado o primeiro traçado urbano documentado na história da humanidade.


Idade do Cobre: o despertar da metalurgia


O Calcolítico ou Idade do Cobre (5.500 a 3.000 a.C.) testemunhou progressos notáveis no desenvolvimento humano. Este período marcou a gênese da metalurgia, com a fusão do cobre com o latão. A agricultura expandiu-se significativamente e o escambo de mercadorias tornou-se prática corrente, ainda que desprovido do conceito monetário.


Nesta mesma época, desenvolveu-se a escrita cuneiforme sobre argila, originária da Mesopotâmia aproximadamente em 3.500 a.C. Os visitantes podem contemplar os chamados peregrinos - recipientes cerâmicos primorosamente cozidos, polidos e ornamentados com intrincados padrões geométricos.


Civilizações da Idade do Bronze: hititas, assírios e outros povos


A Idade do Bronze (3.000 a 1.950 a.C.) presenciou o florescimento das primeiras cidades-estado no território anatólico. O museu exibe artefatos magníficos deste período provenientes de Alacahöyük, Horoztepe e outros sítios arqueológicos fundamentais.


Os visitantes podem observar, em sequência temporal, objetos oriundos das Colônias Comerciais Assírias (1.950 a 1.750 a.C.), do Período Hitita (1.750 a 1.200 a.C.), e subsequentemente dos Frígios (1.200 a 700 a.C.), Urartianos (1.200 a 600 a.C.) e Lídios (1.200 a 546 a.C.). O requinte artístico alcançado por estas civilizações manifesta-se eloquentemente nas peças e joias áureas descobertas nas sepulturas da Idade do Bronze.
 

Dicas práticas para aproveitar sua visita ao máximo


Para que sua exploração do Museu das Civilizações da Anatólia se converta numa experiência verdadeiramente enriquecedora, apresentamos orientações práticas que simplificarão seu planejamento. Munido destas informações essenciais sobre períodos ideais de visitação, opções de deslocamento e pontos imperdíveis, você extrairá o máximo proveito deste repositório histórico incomparável.


Melhor época para visitar e horários de funcionamento


A primavera e o outono configuram-se como as estações perfeitas para conhecer o museu. Os meses compreendidos entre março e junho, bem como setembro a novembro, apresentam temperaturas amenas, oscilando ao redor de 15°C, além de fluxo turístico reduzido. Nestas temporadas, você desfrutará de condições ideais para explorar tanto o complexo museológico quanto seus arredores históricos.


O museu acolhe visitantes das 8:30 às 19:00. Contudo, algumas fontes mencionam que a instituição não funciona às segundas-feiras; recomendamos, portanto, consultar o site oficial anteriormente à sua visita. O ingresso custa 30 liras turcas, valor notavelmente acessível considerando-se a magnitude histórica que o aguarda.


Uma visita completa às instalações demanda aproximadamente 1 hora, embora tal estimativa possa variar conforme seu interesse pelos pormenores das exposições.


Como chegar e se deslocar em Ancara


O museu situa-se na Rua Gözcü Sokak No:2, no bairro de Ulus, nas imediações do Castelo de Ancara. Partindo da Estação Central de Ancara, diversas opções de transporte apresentam-se ao visitante:

 

  • Ônibus: A linha 193 inicia seu trajeto na estação Hazine ve Maliye Bakanlığı com destino a Opera a cada 10 minutos, custando apenas €1, com duração aproximada de 35 minutos.
  • Táxi: Alternativa mais célere (10 minutos), com custo estimado entre €5-7.
  • Caminhada: Para os apreciadores de passeios pedestres, o percurso pode ser completado em aproximadamente 1h30.
  • A cidade dispõe, ademais, de um sistema de transporte público razoavelmente desenvolvido, incluindo três linhas de metrô e um sistema ferroviário suburbano denominado Ankaray.


Sugestões de roteiro dentro do museu


Para maximizar sua experiência, recomendamos iniciar pelas exposições do jardim, que já apresentam peças arqueológicas dispostas em sequência cronológica. Ao adentrar o edifício principal, siga a ordenação natural das salas, organizadas em progressão temporal.


Reserve tempo especial para contemplar as estatuetas da Deusa Mãe, as tabuletas de argila com inscrições cuneiformes e o extraordinário Vaso Inandik, artefatos que narram histórias fascinantes das civilizações ancestrais.


Durante sua jornada pelo museu, conceda-se uma pausa no café situado dentro do complexo, onde poderá degustar um legítimo café turco enquanto absorve as impressões da extraordinária viagem histórica que acaba de experimentar.


O Museu das Civilizações da Anatólia transcende amplamente a mera noção de repositório de artefatos antigos. Este santuário cultural proporciona uma odisseia extraordinária através de milênios de história humana, estendendo-se desde os albores do Paleolítico até o esplendor das grandes civilizações da Idade do Bronze.


Cada artefato exposto nas galerias deste museu narra uma história singular e irrepetível. As estatuetas da Deusa Mãe, delicadamente esculpidas por mãos ancestrais; as tabuletas de argila contendo os primeiros contratos matrimoniais da humanidade; o imponente Vaso Inandik com seus detalhes meticulosos—todos estes tesouros evidenciam a suntuosa herança cultural dos povos que ocuparam a península anatólica.


A posição geográfica privilegiada do museu, nas proximidades do histórico Castelo de Ancara, aliada ao seu horário de funcionamento flexível e valores de ingresso acessíveis, converte a visita numa experiência simultaneamente enriquecedora e conveniente. Os visitantes podem percorrer as exposições organizadas cronologicamente, imergindo profundamente nas camadas sucessivas da narrativa humana.


Esta instituição laureada internacionalmente não se limita a preservar vestígios do passado—ela mantém vívida a visão de Atatürk de salvaguardar e compartilhar o opulento patrimônio cultural turco. Assim como as civilizações milenares da Anatólia legaram seu conhecimento através destes preciosos artefatos, o Museu das Civilizações da Anatólia prossegue em sua nobre missão de educar e inspirar as gerações vindouras, conectando o passado distante ao nosso presente.

 

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