Informações acerca de Marrocos
Marrocos é um país com um misto de tradição berbere e árabe, situado no Norte de África. Veja nesse post algumas informações Sobre Marrocos.

Marrocos emerge como um destino extraordinário no panorama mundial de viagens, atraindo 12,2 milhões de turistas internacionais em 2018 e conquistando a 32ª posição entre os países mais visitados do planeta. Este reino norte-africano estende seus 446.550 km² por uma geografia deslumbrante e variada, onde o viajante descobre desde os picos nevados das montanhas do Atlas até as dunas douradas do Saara, margeado por quilômetros de costa que se dividem entre o azul profundo do Atlântico e as águas cálidas do Mediterrâneo.
Os 38,2 milhões de marroquinos guardam tesouros culturais de valor inestimável para a humanidade. Fez abriga a Universidade Al Quaraouyine, reconhecida como a instituição de ensino superior mais antiga ainda em funcionamento no mundo. Casablanca exibe a majestosa Mesquita Hassan II, cujo minarete de 210 metros representa a maior estrutura religiosa coberta existente. O desenvolvimento humano do país alcança o patamar "alto", com IDH de 0,710, sustentado por uma economia que combina agricultura tradicional, turismo crescente e indústria diversificada, destacando-se como um dos principais produtores mundiais de fosfato. Cidades como Marrakech, Fez e Casablanca convidam o visitante a perder-se em suas medinas labirínticas e souks vibrantes, onde cada esquina revela a fusão perfeita entre heranças árabes e berberes que modelaram a identidade marroquina ao longo dos séculos – dos aromas das especiarias às cores vivas dos tapetes, dos intricados trabalhos em metal às melodias que ecoam nas praças antigas.
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Informações gerais sobre Marrocos
O Reino de Marrocos desenha-se como um território de contrastes fascinantes para o viajante brasileiro. Situado estrategicamente no portão norte do continente africano, este país milenar cativa seus visitantes pela harmoniosa conjugação entre tradições ancestrais e avanços contemporâneos.
População e diversidade cultural
O mosaico humano marroquino compõe-se de aproximadamente 33,8 milhões de pessoas em um território de 446.550 km². Rabat ostenta o título de capital oficial, enquanto Casablanca pulsa como o coração urbano e econômico do país. A tapeçaria étnica marroquina revela predominância das heranças berbere e árabe, que juntas tecem 99,1% do tecido populacional. Grupos como os haratin e guinaua, descendentes de antigas populações escravizadas, somam-se a uma comunidade judaica que, outrora numerosa com 265.000 membros em 1948, hoje preserva sua presença com aproximadamente 2.500 pessoas. Os berberes, habitantes originais destas terras, representam cerca de 29% da população atual, enquanto o restante experimentou gradativa arabização através dos séculos.
Qual o idioma do país?
A paisagem linguística marroquina exibe o árabe e o amazigh (berbere) como idiomas oficiais, embora o dialeto árabe marroquino, carinhosamente chamado "darija", domine as conversas cotidianas. A língua berbere manifesta-se em três principais variantes: tarifit, falado nas regiões setentrionais; tachelhit, predominante no sul; e tamazight, comum nas áreas centrais e montanhosas. O francês permeia amplamente os círculos administrativos, comerciais e diplomáticos, enquanto o espanhol ecoa nas zonas norte e meridional, testemunhando a complexa história colonial do país. Para o viajante iniciante, expressões como "as-salaam alaykum" (saudação), "labass" (indagação sobre bem-estar) e "shukran" (agradecimento) abrem portas para interações calorosas com os locais.
Qual a religião do Marrocos?
O islã, religião oficial do estado, envolve a vida marroquina em todos seus aspectos, sendo praticado por aproximadamente 99% da população. Dentro desta maioria, 67% seguem a tradição sunita, enquanto 30% identificam-se como muçulmanos não denominacionais. A constituição garante liberdade religiosa aos cristãos e judeus, comunidades historicamente presentes no país, embora o islã goze de status privilegiado. A pequena comunidade cristã, estimada em 1% (cerca de 380.000 pessoas), constitui-se majoritariamente de expatriados europeus. Peculiaridade notável da monarquia marroquina revela-se no título real de "Amir al Mouminine" (Comandante dos Fiéis), que sublinha a autoridade espiritual do soberano.
Moeda e câmbio
O dirham marroquino (MAD) circula como moeda oficial do reino, apresentando-se em notas de 20, 50, 100 e 200 dirhams, complementadas por moedas de 0,50, 1, 2, 5 e 10 dirhams, além de centavos. Para operações de câmbio vantajosas, o viajante encontrará melhores taxas nos escritórios especializados localizados nas praças turísticas, enquanto aeroportos e hotéis oferecem conveniência, porém com valores geralmente menos favoráveis.
Clima e melhor época para visitar
A geografia variada de Marrocos desenha um quadro climático multifacetado. O norte recebe a suavidade mediterrânea, o litoral oeste respira a brisa atlântica, o interior experimenta a aridez continental, enquanto o sul abraça a secura desértica. Primavera (março a maio) e outono (setembro a outubro) revelam-se como estações douradas para visitas, premiando o viajante com temperaturas convidativas entre 15°C e 25°C. O verão eleva os termômetros dramaticamente, podendo alcançar 48°C em Marrakech, enquanto o inverno pinta de branco os picos do Atlas, criando paisagens de neve surpreendentes neste país africano.

História e identidade marroquina
A cronologia marroquina desenha-se através de milênios, revelando camadas de civilizações sobrepostas que moldaram sua identidade única. O território que hoje conhecemos como Marrocos abrigou inicialmente populações berberes, cujos vestígios arqueológicos remontam à aurora da ocupação humana na região. Este palco histórico testemunhou posteriormente a passagem de fenícios com suas rotas comerciais, cartagineses expandindo seu império, romanos estabelecendo províncias, vândalos em suas incursões e bizantinos antes da transformadora chegada árabe que introduziu o Islã na região.
Breve linha do tempo histórica
O ano de 788 marca o nascimento do Marrocos como entidade política organizada, quando Idris I, descendente do profeta Maomé que fugira das perseguições do Califado Abássida, estabeleceu a primeira dinastia muçulmana na região. O território floresceu sob a liderança de sucessivas dinastias independentes, cada uma deixando marcas indeléveis: os Almorávidas ergueram Marrakech em 1062, transformando-a em centro cultural e religioso; os Almóadas construíram imponentes mesquitas; os Merínidas cultivaram as artes e ciências; os Saadianos expandiram fronteiras; e finalmente os Alauitas, que assumiram o poder em 1666 e mantêm a linhagem real até a contemporaneidade.
O século XX trouxe profundas transformações quando, em 1912, o território foi fragmentado em protetorados francês e espanhol, situação que perdurou até 1956, quando Marrocos recuperou sua soberania. Notavelmente, enquanto grande parte do mundo árabe sucumbiu à dominação otomana, Marrocos manteve sua independência ou considerável autonomia através dos séculos, evidenciando a resiliente identidade nacional.
A influência berbere e árabe
Os berberes constituem o substrato fundamental da identidade marroquina, sendo considerados entre os povos mais antigos do continente africano. Aproximadamente três quartos dos marroquinos carregam herança genética berbere, descendendo de povos que originalmente habitavam em tribos seminômades no vasto Saara. Durante os séculos VIII e IX, a expansão islâmica resultou na conversão gradual dessas populações, transformando o Islã na principal expressão religiosa da região.
O advento árabe no Magreb ocorreu precisamente em 649, com sua presença consolidando-se em território marroquino em 681, após períodos de resistência berbere. Curiosamente, apesar das frequentes revoltas contra a dominação política árabe, a resistência à adoção religiosa mostrou-se menos intensa, permitindo que o Islã se integrasse às práticas locais, criando expressões religiosas com características distintamente marroquinas.
A formação do Reino de Marrocos
A etimologia de "Marrocos" remete diretamente a Marrakech, cidade imperial erigida pela dinastia Almorávida. Ao longo de séculos, as sucessivas dinastias ampliaram e consolidaram o território nacional, estabelecendo os alicerces do estado moderno. Sob os Saadianos e posteriormente os Alauitas, o país fortaleceu-se militarmente e diplomaticamente, resistindo com sucesso às investidas otomanas que subjugaram outros territórios norte-africanos.
O Marrocos contemporâneo exibe orgulhosamente seu mosaico cultural, onde elementos berberes, árabes, africanos e europeus se entrelaçam harmoniosamente. Esta fusão única manifesta-se na arquitetura, música, gastronomia, artesanato e festividades, compondo um patrimônio cultural riquíssimo que continua a encantar visitantes provenientes dos quatro cantos do mundo.

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O mosaico cultural marroquino desdobra-se como um espetáculo vivo para quem o visita, entrelaçando milênios de história em manifestações que estimulam cada um dos sentidos humanos. Cada ruela da medina, cada gesto dos artesãos, cada nota musical carrega heranças profundas que se revelam gradualmente ao viajante atento.
Gastronomia típica: do cuscuz ao chá de menta
A mesa marroquina representa um dos tesouros gastronômicos mais sofisticados do mundo árabe. O cuscuz, grânulos de sêmola cuidadosamente preparados a vapor, transcende o status de simples alimento para tornar-se patrimônio cultural reconhecido pela UNESCO. Servido tradicionalmente às sextas-feiras após as orações, este prato reúne famílias inteiras ao redor de uma única travessa central.
O tagine exemplifica a genialidade culinária local através de seu recipiente cônico que condensa os vapores, devolvendo-os aos alimentos em um processo que intensifica sabores. As combinações são praticamente infinitas – desde o adocicado tajine de cordeiro com ameixas e mel até o aromático frango com limão preservado e azeitonas.
A harira, sopa substancial que mescla lentilhas, grão-de-bico e carnes, tradicionalmente quebra o jejum durante o Ramadã. Nenhuma experiência marroquina se completa sem degustar o célebre chá de menta, ritual minucioso onde o chá verde é infundido com folhas frescas de hortelã e generosas porções de açúcar, vertido em arcos precisos que resfriam a bebida e liberam sua fragrância característica.
Música e dança: Gnawa e sons do deserto
As expressões musicais marroquinas funcionam como portais para dimensões espirituais e históricas do país. A tradição gnawa, reconhecida pela UNESCO como patrimônio imaterial em 2019, nasceu das práticas rituais de descendentes de escravos da África Subsaariana. Seus praticantes, utilizando instrumentos como o guembri (alaúde de três cordas) e as qraqeb (castanholas metálicas), criam estados de transe durante cerimônias de cura conhecidas como "lilas".
Nas aldeias do Alto Atlas, o ahidous representa a essência da expressão berbere através de círculos onde homens e mulheres alternam-se em cantos poéticos acompanhados pelo bendir. Esta manifestação serve tanto como entretenimento quanto como transmissão oral da história local.
A guedra, dança ritual do sul desértico, impressiona pela intensidade expressiva dos movimentos executados por mulheres com rostos velados, cujos dedos simulam pássaros em voo enquanto os participantes intensificam progressivamente o ritmo dos tambores.
Artesanato e mercados locais
Os souks marroquinos constituem verdadeiros labirintos onde o comércio segue práticas quase inalteradas por séculos. Em Marrakech, aproximadamente 40 mil artesãos dedicam suas vidas à preservação de técnicas ancestrais nos 18 mercados especializados.
A cerâmica de Fez distingue-se mundialmente pelos intrincados padrões geométricos azuis sobre fundo branco, cada peça exigindo semanas de trabalho meticuloso. O couro de Marrakech, curtido em tanques milenares próximos à Mesquita Ben Youssef, transforma-se em babuchas, bolsas e objetos decorativos nas mãos de artesãos que herdam seus conhecimentos através de gerações.
Nas montanhas de Chefchaouen, tecelões produzem têxteis em tons azulados que refletem a própria paisagem urbana desta cidade singular. Já Essaouira destaca-se pela joalheria em prata, frequentemente adornada com símbolos berberes de proteção.
Cinema e teatro no cotidiano marroquino
Embora o teatro formalizado não constitua uma tradição histórica marroquina, os hakawatis (contadores de histórias) perpetuam uma arte narrativa vibrante, especialmente na praça Jemaa el-Fna em Marrakech. Estes mestres da oralidade tecem contos épicos, fábulas morais e lendas populares, mantendo plateias cativas por horas.
A dramaturgia contemporânea vem adaptando textos universais através do filtro cultural árabe-berbere. Obras de Molière ganham nova vida quando reinterpretadas conforme sensibilidades locais. Nas comunidades montanhosas, festivais sazonais apresentam performances com máscaras ritualísticas que se aproximam de expressões teatrais, geralmente associadas a ciclos agrícolas ou eventos celestiais.

Dicas práticas para sua primeira viagem
A preparação adequada para uma jornada marroquina exige atenção a detalhes específicos que maximizarão sua experiência neste reino milenar. Os viajantes mais bem-sucedidos são aqueles que dominam antecipadamente as nuances de entrada, hospedagem, locomoção e protocolos sociais deste fascinante destino.
Documentos e visto para brasileiros
Portadores de passaporte brasileiro desfrutam de uma vantagem significativa: a dispensa de visto para estadas turísticas de até 90 dias em território marroquino. Este privilégio diplomático, entretanto, acompanha-se da exigência de que o documento de viagem mantenha validade mínima de seis meses além da data prevista para ingresso no país. Especialistas em viagens internacionais recomendam enfaticamente a contratação de seguro médico abrangente, considerando que cidadãos brasileiros não contam com suporte governamental para eventuais despesas hospitalares em solo estrangeiro.
Onde se hospedar: cidades e estilos
O território marroquino apresenta um espectro notável de acomodações que atendem desde o viajante econômico até o mais exigente. Os riads constituem a opção mais autêntica – antigas residências familiares convertidas em hotéis de charme, organizadas ao redor de pátios centrais decorados com azulejos e fontes ornamentais. Estas joias arquitetônicas concentram-se especialmente nas medinas centenárias de Marrakech e Fez, oferecendo uma imersão completa na atmosfera local.
O deserto revela outra face da hospitalidade marroquina através das tendas berberes. As versões luxuosas incorporam banheiros privativos e camas confortáveis, enquanto as tradicionais proporcionam contato mais direto com o modo de vida nômade ancestral. O anoitecer no Saara frequentemente traz consigo apresentações musicais ao redor de fogueiras crepitantes, sob um firmamento que exibe constelações em clareza dificilmente igualável em centros urbanos.
Como se locomover pelo país
A malha ferroviária marroquina destaca-se pela eficiência, pontualidade e conforto, representando a opção preferencial para deslocamentos entre centros urbanos. O TGV Al Boraq, orgulho tecnológico do país, percorre o trajeto entre Tânger, Rabat e Casablanca em velocidades admiráveis. Regiões não alcançadas pelos trilhos contam com serviços rodoviários de qualidade oferecidos por empresas como CTM e Supratours, cujos ônibus modernos atravessam paisagens espetaculares.
Nas áreas urbanas, os característicos petit taxis – veículos compactos de cores vibrantes – facilitam deslocamentos pontuais. Viajantes experientes sabem que negociar o valor da corrida antecipadamente ou verificar o funcionamento do taxímetro evita contratempos financeiros. O aluguel de automóveis representa uma alternativa para exploradores independentes, embora exija familiaridade com condições de tráfego intenso nas grandes cidades e rodovias ocasionalmente desafiadoras nas regiões montanhosas.
O que vestir e etiqueta cultural
A sociedade marroquina, fundamentada em princípios islâmicos, aprecia vestimentas discretas, particularmente para mulheres visitantes. O guarda-roupa ideal evita exposição de ombros, decotes pronunciados, joelhos ou coxas. Durante os meses escaldantes do verão marroquino, tecidos naturais, leves e de corte folgado oferecem conforto sem comprometer o respeito aos costumes locais. Homens igualmente beneficiam-se de escolhas modestas, especialmente em bairros tradicionais e pequenas localidades.
Espaços religiosos demandam reverência especial. Echarpes e lenços versáteis frequentemente resolvem a necessidade feminina de cobrir os cabelos em determinadas circunstâncias. Viajantes devem notar que, com exceção da monumental Mesquita Hassan II em Casablanca, edifícios religiosos islâmicos permanecem inacessíveis a não-muçulmanos – uma norma cultural que merece absoluto respeito.
A imersão no universo marroquino provoca uma inescapável sinestesia para qualquer viajante. Este reino norte-africano não apenas impressiona pela espetacular variedade paisagística – das cordilheiras do Atlas às dunas infinitas do deserto, das praias selvagens do Atlântico às costas suaves do Mediterrâneo – mas sobretudo pelo mosaico cultural que se revela em cada experiência. As cidades imperiais guardam, por trás de suas muralhas ocre e portas azulejadas, séculos de história onde dinastias berberes e árabes construíram um legado arquitetônico e cultural sem paralelos no continente africano.
A alma marroquina manifesta-se vigorosamente em sua gastronomia elaborada, onde o cuscuz e o tagine, preparados em rituais culinários ancestrais, são acompanhados pelo cerimonial do chá de menta, servido em três etapas que simbolizam os estágios da vida. Os souks, com sua profusão de cores, aromas e texturas, revelam o extraordinário domínio técnico dos artesãos locais, cujas mãos hábeis perpetuam conhecimentos transmitidos através de gerações, da cerâmica azul de Fez aos intrincados tapetes do Médio Atlas.
Cidadãos brasileiros encontram particularidades favoráveis para explorar este território fascinante, desde a dispensa de visto para permanências de até 90 dias até a diversidade de opções de hospedagem que variam dos autênticos riads – palacetes tradicionais convertidos em acomodações exclusivas – às tendas berberes sob o céu estrelado do Saara. A jornada marroquina exige, contudo, sensibilidade para as práticas culturais locais, especialmente no que tange ao vestuário adequado e à conduta em espaços religiosos.
O verdadeiro encanto de Marrocos reside precisamente no equilíbrio entre tradição e contemporaneidade. Por um lado, minaretes centenários, medinas fortificadas e caravançarais restaurados testemunham o esplendor de um passado glorioso; por outro, uma nação vibrante e dinâmica avança para o futuro sem abdicar de suas raízes profundas. Este extraordinário reino, onde o tempo parece fluir em outra cadência, grava-se na memória do viajante como poucos destinos conseguem fazer – uma sinfonia para os sentidos onde o misticismo do deserto encontra a sofisticação de uma cultura milenar em permanente reinvenção.
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